Sobre Cais Virado

O grupo Cais Virado nasceu do reencontro musical de dois amigos, Bruno Rabelo (guitarra) e Raniery Pontes (bateria). Ao tocarem juntos nos anos 90 na banda experimental Mohamed, os dois estabeleceram uma amizade musical duradoura e o gosto pela conversa. Na década seguinte, Raniery mudou para o Rio de Janeiro, onde participou de projetos musicais de estilos tão diversificados quanto thrash metal e MPB. Bruno, por sua vez, fez parte do seminal grupo Cravo Carbono, marco referência da retomada da guitarrada como um gênero musical relevante na Belém dos anos 2000.
Com o retorno de Raniery à cidade natal, a dupla participou da banda Maquine, que teve uma breve mas produtiva contribuição entre os anos de 2010 e 2011. Com o fim do grupo, o guitarrista e o baterista mantiveram o fluxo criativo e convidaram Keila Monteiro para assumir os vocais de um novo projeto. Keila já era conhecida de ambos, não somente pela sua carreira como vocalista da banda Coisa de Ninguém, mas também como pesquisadora da obra do Cravo Carbono. A proximidade de influências e ideias deu ao trio a leveza e fluidez de antigas amizades. Novas canções foram sendo criadas a partir de um intenso trabalho de gravações caseiras, softwares, programação e a formosa voz de Keila . Já no contrabaixo elétrico, o grupo teve a honra de contar com a entrada de Príamo Brandão. O músico tem um vasto currículo, desde projetos virtuosísticos como o Hermeto Sem Preconceito, Amazônia Jazz Band, até a gravação e participação em shows de Iva Rothe e Andrea Pinheiro, Liah Soares entre outros.Mais que isso, Príamo também é um conhecido músico gente-fina.
O nome Cais Virado remete à relação conturbada entre Belém e os rios que a circundam. E esse cais também sugere a ideia da água, dos rios, da fluidez, a qual tem surgido na composição das canções. O quarteto disponibilizou recentemente duas músicas para download gratuito em sua página na rede social Soundcloud: Sobrenome e Mal Moderno.
“Sobrenome” é um zouk abrasileirado indicado para dança agarrada, onde Keila versa sobre a liberdade da figura feminina e a quebra de protocolos. “Mal Moderno” é uma canção-batuque de acordes densos e versos sofridos sobre um mal do século, revisto em tempos de novo milênio. Ambas começaram a ser executadas em rádio e mostram a mistura de musica africana e guitarrada que tem caracterizado a produção mais recente de Bruno Rabelo.
Ao iniciar sua temporada de shows, a banda Cais Virado também se mistura à confluência de ritmos e estilos que é a atual música de Belém do Pará (Amazônia-Brasil). Abarcando afluentes de guitarrada, poesia, rock e África.


Cais Virado
Grupo musical de Belém do Pará formado em 2012.
Raniery - bateria
Keila Monteiro - voz e letras
Bruno Rabelo - guitarra
Príamo Brandão - contrabaixo

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